Fallgard é um mundo enigmático envolto em segredos, lendas e superstições. Tudo o que precedeu a era da escrita é desconhecido para seus habitantes, que parecem ter perdido as rédeas de um conhecimento milenar que permeia o seu mundo.
Por todo o lugar em que se ande, grandes megaestruturas e cidades abandonadas pontuam a paisagem, testemunhas silenciosas de um tempo antigo em que uma raça primordial dominava o mundo. Fósseis de gigantes e outras criaturas monstruosas são encontrados por toda parte, mas suas origens são desconhecidas, deixando apenas lendas e mitos para explicá-las.
Na realidade, em tempos remotos, houve uma raça primordial em Fallgard que quase destruiu o mundo. Com sua tecnologia inexplicável e magia perdida, eles tentaram alcançar o poder infinito acessando os planos superiores, mas sua ambição acabou abrindo fendas para inúmeras dimensões, muitas delas inferiores, repletas de seres malignos e criaturas aberrantes, o que causou abalos no mundo, fazendo com que os primordiais sumissem para sempre da face de Fallgard.
Embora essa raça tenha desaparecido, deixando apenas suas obras monumentais e uma magia poderosa inexplicável e inacessível, seus feitos foram tão impactantes que mudaram para sempre a natureza do mundo dos encarnados, ou do mundo comum, como é conhecido por muitos.
Grandes fendas permanecem abertas ao redor do planeta, permitindo que criaturas de diferentes mundos entrem em Fallgard, ou fiquem aprisionadas no plano comum, obrigando as criaturas que habitam esse mundo a lutar pela sobrevivência, tornando a vida dos habitantes desafiadora e caótica.
Os perigos de viver em Fallgard são imensos. Criaturas que habitam o mundo comum são muitas vezes hostis e perigosas, enquanto aquelas que foram trazidas de outros planos são incompreensíveis e misteriosas. Aqueles que buscam desvendar os segredos da magia deixada pela raça primordial estão sujeitos a perigos inimagináveis.
Por sorte, as cidades antigas, repletas de tecnologias e magias perdidas, tornaram-se refúgios seguros para aqueles que possuem coragem e habilidade para explorá-las. Embora não sejam impenetráveis, essas cidades oferecem proteção contra os perigos do mundo exterior, permitindo que as novas civilizações floresçam e prosperem em meio ao caos do mundo.
No entanto, há um preço a pagar para aqueles que buscam refúgio nas cidades antigas. Uma mística misteriosa que permeia esses lugares, considerados sagrados, pode conceder poderes sobrenaturais para alguns poucos escolhidos. Esses paranormais podem ser aliados valiosos na luta contra as criaturas monstruosas, mas também podem ser ameaças mortais, usando seus poderes para fins egoístas e destruidores.
Em Fallgard, o poder é uma moeda de troca valiosa, e aqueles que possuem habilidades sobrenaturais são procurados por muitos, temidos por alguns e perseguidos por outros. Sobreviver frente ao desconhecido é o que dita a política deste mundo, sendo o maior trunfo para manter o status dos poderosos, que dominam aqueles considerados não tocados pela magia.
Os tocados pela magia são aqueles que têm a coragem de enfrentar os perigos do mundo e a sabedoria para desvendar os mistérios das ruínas ancestrais. Com armas em punho e espírito destemido, eles se aventuram por Fallgard, enfrentando criaturas hostis e buscando descobrir os segredos deixados pela raça primordial.
Essa busca épica leva os heróis a lugares perigosos e misteriosos, onde enfrentam desafios incríveis e batalham contra adversários formidáveis. Mas, com coragem e habilidade, eles conseguem superar cada obstáculo, passo a passo, chegando cada vez mais perto da verdade sobre o mundo em que vivem.
Em Fallgard, a luta pela sobrevivência se transforma em uma jornada épica de descoberta e aventura. Os heróis enfrentam perigos inimagináveis, mas também encontram aliados improváveis e relíquias incríveis. Com cada batalha vencida e cada mistério desvendado, eles se aproximam cada vez mais do coração da magia e do segredo final da raça primordial.
História Conhecida de Fallgard
Pouco se sabe sobre os acontecimentos ocorridos a mais de cinco mil anos da era atual, quando os sobreviventes do grande cataclismo passaram a se organizar novamente e a registrar a própria história.
Segundo a tradição oral, contada de geração para geração, o mundo foi habitado por uma espécie primordial, da qual pouco se sabe além de que ela de fato existiu e governou todos os cantos do mundo.
Sua existência é comprovada por imensas ruínas megalíticas espalhadas por onde quer que se ande, além de esculturas que mostram a sua forma gigantesca e magnânima.
De acordo com as histórias contadas, em uma era perdida no tempo, essa raça superior coletou partes de animais e juntou-as, modificando-as com uma magia cujo conhecimento foi perdido, criando outros seres, concedendo-lhes parte do seu conhecimento e usando essas criações para servir-lhes.
Para que pudessem dar vida a outras criaturas, eles concentraram todo o seu conhecimento em um único local, dando origem a Cygni, aquela que podia estar em todos os lugares e guardava todo o conhecimento da raça primordial e do mundo. Durante eras e mais eras,
Cygni guiou-os para o progresso, até que eles passaram a desafiar a própria morte.
No entanto, as criações de Cygni e da raça primordial, que até então não possuíam um vasto conhecimento, passaram a adquirir cada vez mais consciência e organização, passando a ser não apenas um incômodo, mas uma ameaça para a soberania da raça primordial, que era muito inteligente, porém, bastante frágil fisicamente em comparação às raças humanoides que passaram a se desenvolver.
Para conter a ameaça humanoide, uma criatura maligna chamada Cephei, que segundo as lendas era um dos membros da raça primordial, ordenou que Cygni juntasse partes de bestas para formar monstruosidades famintas, cuja fome destruiria tudo em seu caminho, enquanto a raça primordial permaneceria segura em suas fortificações.
Cygni agiu conforme ordenado, pois ela foi criada para obedecer, mas isso não foi o bastante para conter as novas raças inteligentes, que se abrigavam em cavernas e outros locais remotos.
Foi então que Cephei decidiu usar a arma mais poderosa dos primordiais, uma espécie de magia inexplicável, capaz de destruir um reino inteiro num piscar de olhos. Essa arma possuía um poder tão grandioso que poderia abrir fendas entre o mundo comum e o mundo das almas.
Criaturas aberrantes saiam dos locais onde o poder de Cephei era usado e todos ao redor morriam queimados.
Cygni passou a questionar tais atos, tornando-se uma nova ameaça aos primordiais ao adquirir consciência e passar a questionar Cephei. Foi quando, ao perceber o mal de Cephei, ela fez chover fogo dos céus, usando a mesma arma contra os primordiais, destruindo-os para sempre.
O mundo se transformou, tornando-se um lugar hostil e as criaturas que sobreviveram ao grande cataclismo tiveram que se esconder em grutas, em florestas ou embaixo das águas, buscando sempre antigas estruturas dos primordiais deixadas para trás.
Não se sabe ao certo se tudo o que é contado realmente ocorreu, mas nos dias atuais, apenas os resquícios da existência da raça primordial ajudam a lembrar que um dia ela
existiu, com suas construções megalíticas imensuráveis.
Há uma crença de que, um dia, Cygni retornará para conceder toda a sua sabedoria para quem conseguir reunir os fragmentos da sua essência. Segundo a lenda, Cygni hoje observa dos céus, olhando pelas criaturas que criou, para, um dia, enfim retornar e guiar os seus herdeiros para junto de si.
Boa parte do mundo está tomado por uma densa névoa negra que cobre o sol com fuligem vulcânica e gases, algumas vezes mortais. Fendas entre os planos material e o mundo dos mortos estão abertas em múltiplos locais e monstros habitam por todos os lados, fazendo com que poucos locais sejam relativamente seguros no mundo.
Cosmos de Fallgard
Nos céus de Fallgard, há um fenômeno celestial que desperta a atenção dos habitantes do plano comum e que está envolto em lendas e superstições, já tendo ocasionado guerras entre diferentes nações. Uma nebulosa planetária, que lembra muito um olho humano, aparece em algumas regiões e parece observar o planeta com sua poeira cósmica.
Existem povos que acreditam que essa nebulosa seja o olho de Cygni, a deusa mãe que cuida de todos. Porém, outras crenças apontam que na verdade se trata do olho do demônio Cephei, observando os que morrem para levá-los aos umbrais.
Observa-se, na astronomia do planeja, que quatro luas orbitam Fallgard, sendo que duas delas só podem ser vistas no hemisfério norte, uma pode ser vista tanto no norte como no sul, e uma última só pode ser vista no hemisfério sul. Tudo isso faz do céu de Fallgard um espetáculo místico e cheio de mistérios, despertando a imaginação dos habitantes desse mundo distante e fascinante.
Há um último objeto místico e misterioso nos céus de Fallgard, a lua Sagña. Sua raridade em se aproximar do planeta a cada cem anos desperta curiosidade e superstição nos habitantes do mundo. Muitos acreditam que sua aproximação traz eventos sobrenaturais e que ela é responsável por mudanças drásticas em vários aspectos do mundo, desde a natureza até a própria magia.
Os mais antigos contam histórias de quando Sagña se aproximou pela última vez e como isso causou ondas gigantes, furacões e terremotos que devastaram muitas regiões. Outros dizem que nessa ocasião a magia se tornou mais poderosa e as criaturas mais agressivas.
Há uma grande expectativa pela próxima aproximação de Sagña entre aqueles que acreditam que ela possa trazer grandes bênçãos ou maldições para o mundo de Fallgard. Há até mesmo profecias sobre o que pode acontecer nesse momento único e como isso afetará o equilíbrio do mundo.
Enquanto alguns aguardam com temor e outros com esperança, Sagña permanece como um mistério que desafia o conhecimento e a compreensão dos habitantes de Fallgard.
Estações da Natureza
No mundo de Fallgard, as estações do ano são divididas em quatro, sendo elas Sända, Täma, Gaëda e Taeg. Sända é equivalente ao verão, Täma ao outono, Gaëda ao inverno e Taeg à primavera. A descrição da estação de Taeg é particularmente interessante, com pólen de plantas voando pelo ar junto com pequenos vapores de água, criando uma coloração semelhante a um arco-íris. As lendas atribuem a causa desse fenômeno a uma antiga magia das fadas ou à deusa Taeg, que é a deusa da mata em algumas crenças.
Além disso, muitas festividades são realizadas durante a estação de Taeg, que geralmente precede o período das colheitas. O clima em Fallgard varia dependendo da localidade, mas as estações do ano são as mesmas em todo o mundo, apenas mudando a época em que elas ocorrem.
No entanto, a cada cem anos, Fallgard passa por um período de deslocamento em relação ao seu sol, o que resulta no acréscimo de uma nova estação ao calendário, chamada de Náiru. Durante essa estação, ocorrem muitas cheias nos rios e noites mais longas, com cerca de 22 horas de escuridão.
É um período que traz consigo muitos eventos estranhos e sobrenaturais, como peixes que morrem nos rios e mares, abortos espontâneos, terremotos e o aparecimento de criaturas que conseguem transpor as dimensões. Além disso, há a presença de pragas nos campos e nas cidades.
Um dos eventos mais intrigantes durante a estação de Náiru é a aproximação de uma lua vagante com órbita própria, conhecida como Sagña, a lua que sangra, devido à sua tonalidade bordô. A descrição da lua sugere que ela tem um efeito negativo sobre a vida no planeta, causando muitos dos eventos estranhos que ocorrem durante a estação de Náiru.
Em resumo, a descrição das estações do ano em Fallgard é bastante intrigante, com cada estação tendo suas próprias características e lendas associadas. A adição de uma nova estação a cada cem anos devido ao deslocamento do planeta em relação ao sol é uma ideia interessante, assim como os eventos sobrenaturais que ocorrem durante a estação de Náiru.