O Jardim Botânico de Murmúrian é um dos locais mais reverenciados do Império Heráclio, um verdadeiro tesouro vivo onde a botânica se encontra com a magia antiga. Sob o cuidado dos grão-mestres da Escola de Herbologia, plantas de propriedades medicinais raras e poderosas florescem em abundância. Este não é apenas um local de estudo acadêmico, mas um centro vital para a criação de poções, antídotos, venenos e tônicos fantásticos que abastecem todo o Império.
O segredo de sua grandiosidade, no entanto, não se encontra apenas nas plantas cultivadas à luz do sol. O Jardim de Murmúrian se estende profundamente pelos subterrâneos, onde cavernas escondem mausoléus antigos e raízes ancestrais se entrelaçam no escuro. Ali, mofos misteriosos e plantas raras crescem à sombra de tumbas esquecidas, alimentadas por magias antigas e por energias vitais que apenas os herbologistas mais ousados se atrevem a estudar.
A árvore mais sagrada do jardim, a Figueira das Mil Sementes, é vista como um símbolo de esperança e renovação. Suas sementes brilhantes são essenciais para a vitalidade do ecossistema, e acredita-se que, dentro de suas raízes, está o poder de transformar o destino de qualquer um que compreenda seus segredos.
Este lugar incrível e deslumbrante inspira todos aqueles que têm o privilégio de visitá-lo, com seus vitrais grandiosos e vasto conhecimento a ser adquirido.
A Superfície do Jardim
A superfície do Jardim Botânico de Murmúrian é um espetáculo de beleza e serenidade, acessível para visitantes comuns e estudiosos das Escolas de Magia do Império e dos seus aliados.
Longas estufas de vidro brilham sob o sol, abrigando coleções exóticas de flores coloridas, plantas medicinais e árvores frutíferas raras. Caminhos de pedra serpenteiam pelo local, levando os visitantes por entre fontes de água cristalina e pergolados cobertos de trepadeiras floridas.
Entre as plantas mais comuns estão as Lavandas Douradas, usadas para calmantes e perfumes leves, e a Lótus Azul de Lys, cujas pétalas são comumente usadas em infusões relaxantes. Há também a famosa Erva-do-Vento, uma planta curativa que acelera a recuperação de pequenas feridas, popular entre curandeiros e alquimistas do Império.
Estudantes de herbologia e visitantes podem passear livremente por essa parte do jardim, admirando a organização meticulosa e as espécies mais “comuns”, enquanto sentem o ar impregnado com o aroma de ervas medicinais e flores raras.
Os Subterrâneos do Jardim
No interior dos jardins, as plantas parecem ter vida própria, alterando o ambiente ao seu redor. Árvores e trepadeiras crescem e se movem com uma velocidade sobrenatural, abrindo ou fechando passagens a critério de uma força invisível enigmática, que cria labirintos e se abre a caminhos desconhecidos.
Esse dinamismo não é meramente decorativo, é uma defesa natural do jardim. Os subterrâneos e os segredos mais profundos são protegidos por esse ciclo constante de crescimento, o que torna o Jardim Botânico um verdadeiro labirinto vivo. Exploradores que entram nos níveis mais profundos podem se ver presos em túneis que se fecham com raízes ou redirecionados para partes desconhecidas, onde plantas vivas e insetos gigantes aguardam.
Por essa razão, as áreas mais profundas e perigosas do Jardim Botânico só podem ser acessadas por Grão-Mestres experientes da Escola de Herbologia. Nem mesmo os estudantes mais promissores têm permissão para adentrar esses locais sozinhos. A vasta rede de túneis e câmaras vivas, em constante transformação, exige não apenas conhecimento profundo, mas também um entendimento intuitivo das forças naturais que moldam o jardim, garantindo que apenas os mais sábios e preparados possam explorar seus segredos sem arriscar a própria vida.
O Jardim Botânico de Murmúrian, portanto, é mais do que um simples espaço de estudo. É um organismo vivo, mutável e cheio de segredos ocultos, convidando à aventura e ao perigo aqueles que ousam explorar além das suas fronteiras aparentes.
História do Jardim Botânico
O Jardim Botânico de Murmúrian foi erguido sobre as ruínas de uma antiga estrutura perdida, onde cristais de Cygni foram encontrados. Os antigos habitantes das ruínas megalíticas, de acordo com os estudiosos, eram profundamente conectados com a natureza e possuíam um conhecimento vasto sobre plantas e poções que transcendem a compreensão atual.
No subterrâneo do jardim, ocultos sob as fundações e entre cavernas, repousam fragmentos desse saber ancestral junto com criaturas que foram preservadas e agora são estudadas em segredo.
Dada a proximidade com Shardäg Jangal, Murmúrian acabou tornando-se mais do que um polo naval por conta de sua Marinha Real, mas um objeto de estudo das plantas e criaturas da floresta ancestral, o que fez com que o Jardim Botânico se tornasse cada vez mais importante.
Para o Império Heráclio, o Jardim Botânico não é apenas um local de estudo, mas um símbolo de orgulho, conhecimento e poder. Ele representa parte da sua glória e sabedoria.
O Poder Oculto
Os subterrâneos do Jardim Botânico de Murmúrian jamais foram totalmente explorados. Dizem que uma vasta porção dessas profundezas permanece inacessível, protegida por uma força misteriosa que nem mesmo as magias mais poderosas do Império Heráclio conseguem desvendar. Entre os estudiosos, há grande divergência sobre o que esse mistério oculta.
De um lado, muitos herbologistas acreditam que essa magia antiga deve ser preservada. Para eles, a barreira protege algo de imenso poder ou um mal indescritível, selado há milhões de anos por um motivo claro e terrível — algo que, se libertado, poderia trazer a extinção à civilização.
Por outro lado, uma corrente mais arrojada de herbologistas defende que este poder precisa ser decifrado. Eles acreditam que a chave para todos os segredos do poder e da magia reside exatamente no que está protegido por essa barreira. Desvendar esse mistério, seja ele qual for, poderia conceder aos heráclios um poder além de sua compreensão.
Impacto no Mundo
Os produtos oriundos do Jardim Botânico de Murmúrian têm um impacto profundo no mundo ao redor. As poções criadas pelos herbologistas são conhecidas por suas propriedades curativas, salvando vidas e curando doenças devastadoras que afligem o império.
No entanto, nem tudo que é cultivado no Jardim Botânico serve a propósitos benevolentes: os mesmos conhecimentos que curam também são usados para criar venenos letais, fundamentais em guerras e intrigas palacianas. O Jardim Botânico, portanto, não é apenas um símbolo de vida, mas também de destruição, moldando as tramas de poder e conflito por todo o Império Heráclio.
Essa dualidade gerou uma divisão dentro da comunidade herbologista. Alguns mestres se recusam a desenvolver armas, alegando que o uso imprudente do conhecimento botânico pode levar a uma catástrofe apocalíptica. Essa visão não é bem vista pelo Império, que insiste que os herbologistas devem alinhar seus estudos aos interesses militares e políticos. A tensão entre esses dois lados criou uma intriga política profunda, e essa batalha pelo controle do conhecimento mostra-se longe de uma resolução.
O controle sobre o Jardim Botânico de Murmúrian é um dos pontos centrais de poder dentro do Império Heráclio. Nobres, feiticeiros e até governantes estrangeiros veem o jardim como uma joia estratégica, cujos recursos podem alterar o equilíbrio de poder.
Internamente, intrigas entre casas nobres visam colocar seus próprios mestres herbologistas como líderes do jardim, tentando garantir o acesso exclusivo às poções e segredos guardados nos subterrâneos. Esses conflitos geram tensões constantes, e a defesa do local se torna uma prioridade não apenas militar, mas também política, pois aquele que dominar os segredos do Jardim Botânico de Murmúrian poderá reescrever o destino de toda região.